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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Severino José

-Num mindê o peche só não-

A gente véve que só a gota
E num vê nem aponta
Donde desagarra
Essa dô no peito, esse disgosto
Inté parece um caco de vrido
Infiado no coração do cidadão

Dotô, num pesso muito não.
Só um pedaço de pão
E uma iscola pro meu minino
Prele ser mais sabido que o pai é
Sê isperto feito o sinhô.

Sendo feito o pai, trabalhadô
E tendo instrução
Pode construi um mundo mió

Pra nóis já passô o tempo de mudá
Mas o futuro é dos minino
Que inda podi meiorá
Esse mundo que Deus criô
E que o homi istragô.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei, adorei.
Tão de oralidade.
Me lembrou Gumarães Rosa. :)