Facebook

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Olavo Bilac

O Pássaro Cativo



Armas, num galho de árvore, o alçapão;
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
A gaiola dourada;

Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e
tudo:
Porque é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,

Arrepiado e triste, sem cantar ?
É que, crença, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender ;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem

Este cativo pássaro dizer:
“Não quero o teu alpiste !
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que a voar me viste;

Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores,
Sem precisar de ti !

Não quero a tua esplêndida gaiola !
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi ...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas ...
Solta-me ao vento e ao sol !
Com que direito à escravidão me obrigas ?

Quero saudar as pompas do arrebol !
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas !
Por que me prendes ? Solta-me covarde !
Deus me deu por gaiola a imensidade:

Não me roubes a minha liberdade ...
Quero voar ! voar ! ... “
Estas coisas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
A porta da prisão ...

Maria Bethânia interpretando José Régio

Para quem escolhe seu próprio caminho, a parte de quaquer coisa.


amaroamor

Fui em busca de companhia,
Mas era muito bom, e fui sincero

Nesses momentos as palavras viram balas e fuzilam nosso corpo todo.
Sucumbi diante da desilusão.
Ela fugiu com medo da emoção.
Mais uma pessoa ferida com medo de amar
Ferindo desiludindo um sonhador
Mais um fim de uma coisa que sequer começou

Mas assim é o amor,
Iludidos são os que não amam por medo de se iludir
Por isso,sempre que ele me chamar eu vou
Com o peito aberto e a cabeça vazia
Esperando outro sumário fuzilamento
O fuzilado, meu coração,
Só receia não sentir


Mas o coração tem que continuar aberto pro amor
Nem que seja pelos tiros que levou.
Esperando ansiosamente pelo dia
Que possa amar o amor.
Que possa amar quem me amou.

*Esse poema tem exatos onze meses, nem lembrava de ter escrito, mas gostei muito de tê-lo encontrado por aqui.

Michel Melamed II

Mas não, nenhum amor é incondicional. Não acreditar na incondicionalidade é, decididamente, precipitar o fim do amor. Porque você acredita que esse amor agüenta tudo e, de um jeito ou de outro, você acaba fazendo esse amor passar por tudo.

Michel Melamed

você vanessa perceberenisse arriscaria enciumar aproximargareti conversar envolverônica submetereza. sentirene conquistarretemente Claudialôberenice abrassabrina mamariamordenise beijanaina.

terça-feira, 25 de maio de 2010

V de vilipêndio = V de viés

A vida ávida por dar
viu Davi aqui da vila vestindo de dádiva vias avulsas veementemente virtuosas em seus vários vícios vivenciais... vícios vislumbrantemente vitais a vida em vassalagem.
A vida virou-se virulenta vestindo vestígios das vozes involáteis aos verdadeiros viciados em suas vastas visões de verdade...
Veja vida essa voz que dá vazão ao mais puro sentimento do meu... cérebro. Porque não escrevo poesia com dicionário.

terça-feira, 18 de maio de 2010

minha mente nova mente displicente
cala mas não mente
a incomensurabilidade da dor
no silêncio adquire expressão
por mais que se tente negar
infalivelmente irá resultar
na inespressividade e inespressão
da supressão do sujeito pela sua criação.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Benjamin Franklin

"O homem que abre mão de sua liberdade pra ganhar um pouco mais de seguridade, termina sem nem uma das duas.".

Como Franklin seria preso no sul, como Jesus foi pelos romanos/judeus (tinham muito mais autonomia do que costuma-se pregar sob o domínio romano) um zé mané foi preso hoje, mas a militância não pode parar... coitados.
o problema é que todo mundo quer lhe prender, mas só você pode se libertar;