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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A vida e Ele

Ele sempre quis mais do que ela pode lhe dar
Ele só almeijava intensamente o que coube a ela negar
Sua passagem era consumida, assim, pelas coisas que não tinha,
pelas mulheres que não fudia e pelos que tinha e não queria.
Até que ela, cansada de tanta reclamação
resolveu dar-lhe uma lição
Tirou-lhe tudo que tinha
E ele, com os olhos banhados de emoção, apenas repetia:
"Eu era feliz e não sabia..."
Não existe poeta parnasiano no comboio cotidiano
Não existe rima que chegue no CDU/VARZÉA que sempre atrasa
Sempre chegar em casa beirando o outro dia..
Como fazer escritos de paz e alegria?
(Prau prazer mercadológico(!)(?))
E o imbecilirismo impossibiológicos
Que ceifabiliza o dupliplusneologismo.

Antipoeta

Quero a anti-poesia de Caeiro
Impressionada e sempre prezando pelo singular
Quero a impulsividade poética de Álvaro de Campos
O eu desbaratado em versos de uma pena só
A espontaneidade do ser sem muito pensar, nem saber, ou rima auxiliar
QUero a sorte da palavra certa do verso primeiro
O poema que deixa no leitor a vontade mais sincera de tê-lo feito
Não existe palacra errada se esta traz alívio ao existir (nem se não traz)
O que falta a eles, os extirpadores das identidades, da individualidade através das mesclas? Tirar nossas digitais?
O rebanho venceu o idiossincrático
O estado hegeliano ganhou do egoísmo schopenhauriano... também, pudera...
Ante armas não há argumentos
Como identificarão os crimes agora sem as digitais?
Não importa mais
Todos são assassinos,
Puxando ou não o gatilho.