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terça-feira, 17 de março de 2009

Classe mérdia

Robert Dahl:
"Independentemente de sentirem ou não que sua posição está piorando, as pessaos da classe média manifestam maior propensão a sentir a prosperidade alheia como uma injustiça."


http://www.youtube.com/watch?v=d8O0Zk5N-e8

terça-feira, 10 de março de 2009

Foucault

"Num regime discplinar, a individualização é descendente. Através da vigilância, da observação constante, todas aquelas pessoas sujeitas ao controle são indicidualizadas... O poder não apenas traz a individualidade para o campo da observação, mas também fixa aquela individualidade objetiva no campo da escrita. Um imenso e meticuloso aparato documentário torna-se um componente essencial do crescimento do poder [nas sociedades modernas]. Essa acumulação de documentação individual num ordenamento sistemático torna "possível a medição de fenômenos globais, a descrição de grupos, a caracterização de fatos coletivos, o cálculo de distâncias entre os indivíduos, sua distribuição numa dada população".

... "quanto mais coletiva e organizada a natureza das instituições, maior o isolamento, a vigilância e a individualização do sujeito individual".

Areia da ampulheta

Tentou puxá-la para si, mas era tarde demais. Escorria pelos seus dedos como areia. Não podia mais voltar no tempo. E essa sensação de impotência lhe deixava extremamente angustiado. Era homem, branco, ocidental, alpha, como podia conceber que alguém que provou do seu sexo não mais queria estar no seus braços por causa de um pieguismo qualquer chamado amor?
Não entendia e quanto menos entendia mais sofria.
Era como todos, apenas mais verdadeiro e mais fiel aos seus ideais do que a maioria.
Um negro na Alemanha nazista seria mais feliz do que ele. Mas também era tarde demais pra melhorar de vida assim.

Hermes me odeia

Ao estudar mais profundamente a hemenêutica, chegueia conclusão de que Hermes me odeia, não só ele como todos os outros deuses gregos. Só existe o apolíneo e o dionisíaco na minha vida. Mais Dionísio do que Apolo.
Entretante Hermes é o que me causa mais encanto e o que parece me ter maior aversão. Sempre que penso em alguma coisa que realmente vale a pena ser escrita ... me esqueço. Sempre que falo alguma frase de impacto que serviria de um bonito chavão intelectual... me esqueço. Não só da frase, mas de raciocínios inteiros. Sempre que sento em frente a algum meio de expressão mudo completamente. A interpretação perde-se quase que 100% da subjetividade para objetividade. Definitivamente Hermes não vai com a minha cara... Talvez seja o chulé, ou talvez a afinidade com Dionísio. Esse Hermes, diga-se de passagem, nunca foi chegado no negócio.

Se não me engano...

Se tem uma coisa que me deixa profundamente incomodado é a expressão "se não me engano".
Esse tipo de declaração lhe dá liberdade de fazer qualquer tipo de declaração. Caso esteja 100% errado basta dizer: "Me enganei". É a melhor forma de falar sem dizer nada com coisa alguma.
Pra que falar então?
É só dizer: "Não tenho certeza de nada então não vou opinar pra fingir que sei do que tou falando".
Se fizer isso algum dia de sua vida pode ter certeza que alguém lhe apoia.

"Computadores fazem arte"

Talvez seje mesmo impossível fugir da liguagem da informática e do pc hj em dia.
tentei reformar minha velha máquina de escrever, sem exito..
Final das contas, cá estou eu escrevendo em um bloco de notas pra publicar num bloguizinho mediocre e vivendo como mais um ator "de convenções e poses determinadas" no circo policromo do dinamismo sem fim...
Cá estou eu, tã retrogrado como todos que fazem sempre as mesmas coisas com um sentimento de incompletude artística e mediocridade de expressões.
A técnica muda, mas o usuário continua o mesmo há mais de uma centena de anos, ou mais...

domingo, 8 de março de 2009

Michel de Montaigne

“Há em nós mais vaidade do que infelicidade, mais tolice que malícia, mais vazio do que maldade, mais vileza do que miséria.”

Enganus

A lógica é a mesma de Murphy ou de Dostoiévsky, o homem (e a mulher também) encontra-se no engano e acredita estar certo dedicando-se ao engano como se fosse verdade. Até que chega a conclusão de que está enganado(a) e encontra outra forma de se enganar. Pra Dostoiévsky era Deus, pra Murphy era o pessimismo, que constituia uma força quase que metafísica.

Primeiro você acha que o mundo é perfeito, depois começa a descobrir que não é, mas pode ser. Mas você estava enganado. A imperfeição do mundo reside na imperfeição do homem. E começa a ver que você não é mais puro do que ninguém. Até que percebe que no teatro da vida todos fingem ser o que não são, inclusive você. Mas já não importa acreditar ou não nessa mentira ou em todas as outras que você contou durante toda a sua vida e tem que se prender em alguma coisa maior que você e que concretize todas as suas esperanças... Mais um engano....

terça-feira, 3 de março de 2009

Dantescangústia I

"Fernando chegou em casa, deitou-se um minuto e logo depois foi tomar banho. Queria limpar-se por fora na ilusão de também estar se limpando por dentro. Nunca imaginou que aquela doce criança de outrora viria a cometer uma atitude tão vil quanto aquela. Como aquele ser tão inocente e bondoso tinha transformado-se nisso? Ao menos, agora ele sabia o que era, tornando-se o que era, sendo. Limitando-se à infinitude dos seus atos ilimitados.
O que fez era indizível, mas a experiência que adquiriu foi impagável."

segunda-feira, 2 de março de 2009

O anticristo cristão

Todo código de conduta moral é relativo à sociedade em que se encontra. Além da absurda tentativa de implementação de um código de conduta que remete há mais de dois milênios e o fato de que grande parte das ideologias religiosas são intolerantes para qualquer outra perspectiva da realidade, há também a pior de todas as características de uma doutrina religiosa (Pelo menos das maiores) é que a implementação de um código moral totalmente inadequado dá ao "doutrinado" uma ideologia tão forte quanto intolerante. Tratar qualquer coisa como A verdade e não UMA verdade já demonstra falta de tolerância e diálogo com outros tipos de perspectiva.
A adoção individual de um código moral pode ser extremamente benéfica, inclusive de fundo religioso, como por exemplo no caso do Tibet que o budismo
quebrou com a tradição sanguinolenta do povo tibetaono. No entanto, ao estender esse código para todas as pessoas do planeta e ao tratar como pagão todos que não compartilham da mesma ideologia transforma o bom em ditadura (no sentido ruim da palavra). O mundo está cheio de pessoas que fazem justamente isso, querem expandir seu modo de vida para todo mundo.
Talvez o sucesso dessas religiões resida justamente aí, na mediocridade humana.

*E caso discorde não esqueça que Hitler era católico.

Beijos, e fique sem Deus...