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sábado, 16 de agosto de 2008

"Utopias= Nostalgia do futuro"

Os cabelos tornam-se escassos...
O tempo que passa torna-se o tempo que resta...
As útopias tornam-se nostalgias...
Fazer o que já que fomos condenados a viver?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Gênesis Capítulo 21 - Parte 2

É no mínimo bizarro e intrigante fazer aniversário.
Ao mesmo tempo que você se dá conta de que passou um ano e que muita coisa mudou desde o ano passado, todo mundo lhe trata bem apesar de você estar se sentindo extremamente mal por não aceitar todas essas mudanças que parecem despencar na sua cabeça como acordar de um sonho.
Talvez seja só isso... um sonho, uma ilusão.
Só a mudança é constante e perpétua.

Gênesis Capítulo 21

- Feliz aniversário Mateus! Parabéns!

- PARABÉNS POR QUE? Grande merda conseguir ter nascido, qualquer imbecil consegue, inclusive você!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Nada como:
Dormir 4 horas,
Ir correndo pra livraria,
Ser mal atendido,
Pegar um ônibus para não chegar atrasado,
Descobrir que é um ônibus errado,
Ir parar em Boa Viagem sob um sol de 2 da tarde...

Relaxar e tomar uma cerveja vendo o mar.

domingo, 9 de março de 2008

Humanos Alados

Parecia ser apenas uma noite de sono normal e tranquila como tantas outras.Mas uma inquietação espiritual e racional levou meu sono para longe.Como todo bom ex-sonâmbulo, e atual detentor de constantes insônias, fui arrumar alguam coisa pra fazer até o sono chegar. Se é que ele iria chegar.Iniciei minha sessão bucolismo olhando para arevores da varanda do meu monstro de cimento quando de repente vi duas aves se degladiando.A maior puxava a menor com suas garras e a jogava de cima até ela cair no chão ferida.
O pássaro pequeno com suas azinhas machucadas não vonseguia voar e nem se mecher direito.Após três investidas do pássaro maior, o passaro pequeno caiu fatalmente ferido.O pássaro maior, satisfeito com sua vitória, saiu cantando e deixou o pequeno cadáver no meio da rua.
Aquele corpo insignificante,que não tinha nem o poder de atrapalhar o tráfego ou de mudar a vida de alguém, havia me cativado. E eu desci do conforto da minha insônia para dar um enterro descente aquela pobre criatura.Antes de chegar perto do passarinho vi sua frágil azinha bater e ele começou cantar. Meu coração ficou rapdiante de alegria. Ainda havia esperança daquela pobre criaturinha voltar a voar livre pelo céu. Eu poderia cuidar dele e esperar por sua recuperação da dolorosa peleja.
Quando estava me aproximando vi o vulto do pássaro maior em direção aquela frágil criatura. Sai correndo, mas o maléfico piterodáctilo contemporâneo chegou antes de mim e saiu voando com o pequeno Davi alado, que não iria sobreviver a mais um golpe daquele Golias infernal.Fiquei esperando para ver se podia amortecer a queda e livrar a triste criaturinha das terríveis leis da natureza. Mas o golias alado soltou- o longe demais e não havia mais nenhuma chance de protelar o fim daquele frágil cadáver adiado. Quase chorei ao ver aquele corpo aproximando-se do chão.Mas antes que uma lágrima de emoção podesse escorrer pelo meu rosto o valente Davizinho bateu suas azinhas e saiu voando em direção à sua mão que estava lhe ensinando a voar.
Pela primeira vez fiquei tão feliz por estar enganado. E talvez esse episódio tenha me dado mais lições que qalquer escola.Imaginei seres humanos no lugar daquele frágil filhote e daquela mãe zelosa. Por mais análises teóricas e hipotéticas que alguém preocupado como eu possa fazer... Eles estão só aprendendo a ser livres.

domingo, 2 de março de 2008

Sábio Vigário

"Se amas vidros cuidando que são diamantes,
Não te iludas.
Amas diamantes, não vidros."

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Lágrimas Celestiais

-Winston in Persona-

Quando a chuva cai suave no chão
E as lágrimas não sustentam-se de emoção
Todos correm para se abrigar
No toldo da insensibilidade
Jovens tolos sem personalidade nem coração
Embriões fascistóides da mais pura discriminação
Podadores da flor da liberdade
Servos fiéis da ditadura da felicidade.

Seres irracionais e maniqueístas
Não compreendem a profundidade da formação do arco-íris da vida.
Desconhecem o porquê
De um sorriso inexistir sem o sofrer

Seguem cegos pelo horizonte da longa caminhada.
E nada sabem.
Sabem a nada.

Foneto para uma deusa mortal

-Eurico Rosas-

Desculpe se não consigo entender
Tanta beleza contida em um único ser.
Desculpe se não posso conceber
Tantas virtudes contidas em um ser.

Desculpe, mas não pra pra demonstrar
A alegria incomensurável de te abraçar.
Perdão, mil vezes perdão
Se vivo desgostoso com essa paixão.
Mas não posso pensar em desejar
Um ser vil e animal
Para a mais perfeita criação celetial.

Posso até ser digno de compaixão
Mas nunca do amor da única deusa mortal que conheço.
Até desejava-a no começo
Quando não tinha chegado a maturidade
E desconhecia tua superioridade ante a minha mediocridade de ser inferior.
Mas hoje, vendo meus defeiros e tuas virtudes
Não concebo mais te tocar
Te vejo apenas como a mais perfeita obra do universo
Criada não para se ter
Mas apenas para se admirar.

Severino José

-Num mindê o peche só não-

A gente véve que só a gota
E num vê nem aponta
Donde desagarra
Essa dô no peito, esse disgosto
Inté parece um caco de vrido
Infiado no coração do cidadão

Dotô, num pesso muito não.
Só um pedaço de pão
E uma iscola pro meu minino
Prele ser mais sabido que o pai é
Sê isperto feito o sinhô.

Sendo feito o pai, trabalhadô
E tendo instrução
Pode construi um mundo mió

Pra nóis já passô o tempo de mudá
Mas o futuro é dos minino
Que inda podi meiorá
Esse mundo que Deus criô
E que o homi istragô.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Combustível Literário

-Fernando Sancho-

Talvez a dor e a frustração
Sejam os combustíveis da minha pobre literatura.
Ou talvez não.
Talvez seja só a emoção qualquer uma de suas formas.

Emoção que transforma
Um pedaço qualquer de papel e símbolos escritos com tinta
Em uma obra de arte distinta.
Emoção que livra dos males que assolam
A triste alma humana e lhe consola.

Talvez só emoção.
Ou talvez não.

Anos perdidos

-Fernando Sancho-

Por que escolhi eu escrever?
Por que perco minhas noites imaginando e refletindo sobre a vida e as coisas?
Será que isso ainda vai me trazer algo?
Ou será apenas mais um passatempo transitória pra massagear meu ego?
Por que querer ser como Fernando Pessoa, Kafka ou Dostoievsku?
Ser imortal já tornou alguém feliz?

Por que tantas perguntas em uma folha?
Será que tenho ainda capacidade de ser feliz de verdade?
E se não for nenhum dos dois?
E se só tiver estragado minha vida com coisas fúteis como poemas e diplomas?
E se morrer no ostracismo e nem depois de um ano for lembrado?

Que fiz eu de meus anos?
Que fiz eu de uma vida?
Que fiz eu de meus únicos anos e de minha única vida?
De que adiantou tantas vaidades e privações?
Nada me tornará um cadáver diferente!
Nem a pena que eu sinto do mundo,
Nem a que eu sinto de mim mesmo.
E nem as palavras doces e rudes, que eu disse, ou escrevi,
Farão com que eu seja alguém.
Essas linhas corridas e mal escritas
Serão como tudo, perdidas e esquecidas.
Como quem as escreveu,
Como onde as escreveu.
Tudo é nada.

Mas e se só na minha opnião
As coisas sejam e assim e tudo não seja vão?
E se só na minha impressão os símbolos dessas linhas sejam esquecidos?

Ainda assim de que me adianta os poucos anos que isso será lembrado
Se quem escreveu terá morrido e onde foi escrito abandonado?

O tudo de hoje é o nada amanhã.
E mesmo sendo tudo hoje
Traz o nada em si mesmo.

Mentiras salutares

-Fernando Sancho-

Falam todos em coro, gritando hipocritamente:
-"O cigarro vai te matar!".
Mas como pode me matar se não vivo?
Como podem falar se não sentem?
Falam hipocriatmente.
Mentem.
Como poetas ao contrário
Sem rimas, nem pensamentos originais.
Agem como ratos,
Mesquinhos e estúpidos animais.
Não pensam, nem sentem.
Só mentem.

Como ratos
Preocupam-se com o físico em detrimento do mental
Tornam-se mais uma vez rebanho em um coro infernal:
"Pare de fumar!
O cigarro vai te matar!"
"Pare de fumar!
O cigarro vai te matar!"

Ah vão todos para o inferno!
Ou melhor,
Deixem-me ir só.
Ao menos o fogo de lá acenderá meus cigarros.

Diálogos sobre a submissão e a condição humana

-Olha uma barata morta.
-Nossa! Impressionante.
-Né?! Pode ter sido Kafka...
-Kafka era um homem, não uma barata.
-Mas no livro dele que eu li...
-Aquilo era em sentido figurado! Ele queria exemplificar como se sentia diferente das outras pessoas. E mostrar que a angústia dele era tamanha que nem mesmo a família dele, que antes o tratava bem, conseguia lhe dar com essa gritante diferença entre uma pessoa totalmente introspectiva e um mundo totalmente extrovertido e embasado em aparências. Dessa forma ele se utiliza da concretização de um sentimento de repugnância condiciondo socialmente pra se expressar e condenar essa exclusão tão cruel e banal que se tornou a própria vida.
-Ah tá... Mas bem que podia ser né?!
-É poderia.

Consumindo

-Fernando Sancho-

Já estou cansado de ouvir sobre predestinação divina e paraíso celestial.
Caos.
É tudo CAOS.

Deus é só um virgem cheio de espinhas acendendo um baseado.
E adivinha...
Nós somos a cabeça dos fósforo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A ilha-gente

-Fernando Sancho-

A ilha-gente
Já não pode tornar-se continente.
A ilha-gente
Já não pensa em ser continente.

A ilha-gente
Não quer ser contente.
A ilha-gente
Não se deixa levar pela corrente.

A ilha-gente
Já não pensa,
Não chora,
Nem sente.

A ilha-gente
Agora é inexistente.

Ética da Estética

Que ética há na estética?
Que ética pode haver
Em destinar alguém ao ostracismo
Por não possuir simetria,
Ou por não ter genes que lhe atribuam feições privilegiadas?

E o que são feições privilegiadas?
O que são pessoas bem apessoadas?
Já não são as pessoas apessoadas?
Já não somos todos privilegiados?

Então que importam as feições e a estética
Se limitam as emoções e eliminam a ética?

Fernando Sancho


Leite sem lactose...
Café sem caféina...
Açúcar sem sacarose...
Cerveja sem álcool...


Vida sem graça.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Doce Ilusão


Quero o doce néctar da ilusão.
Quero uma relação breve como a vida.
Embebedar-me com a inebriante fantasia da paixão,
Iludir-me com tudo que há de insensato e imediato.

E o que é duradouro e sensato
Nesse sonho de sombras, nesse teato
A que chamamos de vida?
O que é seguro e confiável
Nesse mundo freneticamente mutável?
E o que pode ser segurança
Nesssa eterna brincadeira de criança
A qual somos mero objetos da subjetividade infantil?
Igualdade? Fraternidade? Liberdade?
Mera utopia produzida pela dor e pela insanidade!
"Vaidade é tudo vaidade".