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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Jovem Idealista e o Pirata Fantasma

- Mas senhor, que sentido há em se matar durante toda a eternidade?A vida já não é por demais efêmera para ser desperdiçada dessa forma?
- Não sei, me diga você que é humano! EU sou um fantasma, há muito esse corpo sem vida não mata nem é morto. Já os de sua espécie vivem constantemente se matando e só pelo fato de morrerem você acha que há algum sentido.
- Como podes falar de toda a humanidade e de sua história, se nos acusa de fazer o mesmo que fazes?
- Já lhe disse, por acaso não quer entender? Sou um pirata fantasma, minhas atitudes não destroem vidas a não ser atordoar por alguns instantes um espírito imortal por brincadeira, mas com vidas não se brinca
- Por acaso foste um médico em vida? Diria que no mínimo um humanista...
- A tolice da juventude é crer em sua sabedoria! Nada sabes de minha vida meu jovem, não é porque sou um fantasma pirata que sempre fui pirata, ou fantasma. Os jovens sabem tão pouco do que é a vida que seria risível se não fosse tão trágico. Não está na hora ainda de você saber qual foi minha missão na terra ou até aqui nesta ilha meu jovem. És um ignorante no que se considera mestre...
- E o que seria isso? por que não para de falar de forma vaga, sem dizer nada direto?
- As palavras se limitam pela razão, não conseguem transcendê-la em nada. Mesmo que me utilizasse dos conceitos mais primitivos vós não poderias compreender. Vós vos fechastes e por isso não pode perceber o que não pode ser dito, tampouco pensá-lo. Julga-te acima do pó por poder pensar, como se teus conceitos valessem de algo na situação em que te encontras.

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