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sábado, 6 de julho de 2013

Mateus está num relacionamento de brincadeiras.



Não há nada pior do que pessoas sérias. A lógica importada da Europa de que não se pode falar de coisas relevantes com brincadeiras não se adequa, obviamente, à nossa realidade gnosiológica e empírica. Em outras palavras, como diria o filósofo Zé Lezin da Paraíba "Brasileiro é como manequim de alfaiate, é o ferro no rabo e ele rindo o tempo todo".
Não há nada pior num relacionamento interpessoal quando some a brincadeira, quando a rotina toma assento e se esparrama, ocupando todos os espaços que antes serviam às brincadeiras, ao casal.

Relacionamento sério denota exclusividade, ciúmes sérios, possessividade séria, passionalidade condicionada para brigas sérias, sobre assuntos sérios que apenas pessoas sérias teriam a seriedade para dialogar seriamente sobre isso. Discussões sobre pormenores de compromissos que ninguém assumiu explicitamente, mas que o outro acredita seriamente que é tácito de um relacionamento sério.

Um relacionamento de brincadeiras não denota nada. Brincadeira é como denominamos a liberdade infantil de se fazer o que quiser, de se estar onde quiser, de reinventar a verdade e o mundo. Um olhar de deslumbramento para todas as pequenas coisas, uma alegria de se estar vivo por mais um diam de calçar os sapatos dos outros e sair andando como se fossem nossos. É a obrigatoriedade apenas para com a nossa própria felicidade.

Disseram-me, certa vez, que apesar da gravidade a Terra não passa de uma pedrinha voando no ar, então também temos que voar.

Obrigado, mas prefiro um relacionamento de brincadeiras... voemos.

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