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terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Vai... vai... vai..." II

-"Vai..."
-"Deixa eu ficar contigo..."
-"Não, por favor... Vai..."
-"Quer mesmo que eu vá?"
-"Quero"
-"Tá bom. Adeus"

Craudio saiu inconsolável daquela conversa com Waldysneya. Parou com as mãos postas sobre os joelhos no meio da rua, pensando em como seria sua vida agora que perdera tudo que tanto almejava. Levantou a cabeça que pendia m pouco com todo aquele turbilhão de sentimentos contraditórios.

Chega em casa, toma um banho e deita contemplativo. Parecia que tinha voltado a adolescência. O telefone toca. Waldysneya:
-"oi.."
-"..."
-"Tais bem?"
-"..."
-"Tu não vai falar nada? Então tá, espero que tu fique bem e que a vida lhe reserve algo tão especial quanto você..."
-"..."
-"Adeus."

-"Wal!"
-"Oi."
-"... nada... deixa pra lá.."
-"Fala..."
-"..."
...

-"Vou desligar então..."

...

-"..."

...

-"Te amo."

Tu tu tu tu tu tu tu


Waldysneya se casou com um cartunista estadunidense, e viveu até a morte no paraíso que ele lhe criou.

Craudio morreu poucos meses depois. Diagnóstico: Câncer!
Segundo o médico ele não deveria ser uma pessoa tão reservada... Craudio morreu sem dar uma palavra.


Waldysneya desenhou uma personagem de nome:

- "Boboca."
-"Qual a característica mais marcante dessa nova personagem Senhora Waldysneya?"
-"Humor mudo..."

Waldysneya não lembra muito bem de tudo o que disseram ou do que fizeram durante o tempo que estiveram juntos, mas nunca esqueceu o silêncio de Craudio...

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