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domingo, 9 de março de 2008

Humanos Alados

Parecia ser apenas uma noite de sono normal e tranquila como tantas outras.Mas uma inquietação espiritual e racional levou meu sono para longe.Como todo bom ex-sonâmbulo, e atual detentor de constantes insônias, fui arrumar alguam coisa pra fazer até o sono chegar. Se é que ele iria chegar.Iniciei minha sessão bucolismo olhando para arevores da varanda do meu monstro de cimento quando de repente vi duas aves se degladiando.A maior puxava a menor com suas garras e a jogava de cima até ela cair no chão ferida.
O pássaro pequeno com suas azinhas machucadas não vonseguia voar e nem se mecher direito.Após três investidas do pássaro maior, o passaro pequeno caiu fatalmente ferido.O pássaro maior, satisfeito com sua vitória, saiu cantando e deixou o pequeno cadáver no meio da rua.
Aquele corpo insignificante,que não tinha nem o poder de atrapalhar o tráfego ou de mudar a vida de alguém, havia me cativado. E eu desci do conforto da minha insônia para dar um enterro descente aquela pobre criatura.Antes de chegar perto do passarinho vi sua frágil azinha bater e ele começou cantar. Meu coração ficou rapdiante de alegria. Ainda havia esperança daquela pobre criaturinha voltar a voar livre pelo céu. Eu poderia cuidar dele e esperar por sua recuperação da dolorosa peleja.
Quando estava me aproximando vi o vulto do pássaro maior em direção aquela frágil criatura. Sai correndo, mas o maléfico piterodáctilo contemporâneo chegou antes de mim e saiu voando com o pequeno Davi alado, que não iria sobreviver a mais um golpe daquele Golias infernal.Fiquei esperando para ver se podia amortecer a queda e livrar a triste criaturinha das terríveis leis da natureza. Mas o golias alado soltou- o longe demais e não havia mais nenhuma chance de protelar o fim daquele frágil cadáver adiado. Quase chorei ao ver aquele corpo aproximando-se do chão.Mas antes que uma lágrima de emoção podesse escorrer pelo meu rosto o valente Davizinho bateu suas azinhas e saiu voando em direção à sua mão que estava lhe ensinando a voar.
Pela primeira vez fiquei tão feliz por estar enganado. E talvez esse episódio tenha me dado mais lições que qalquer escola.Imaginei seres humanos no lugar daquele frágil filhote e daquela mãe zelosa. Por mais análises teóricas e hipotéticas que alguém preocupado como eu possa fazer... Eles estão só aprendendo a ser livres.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caralho, me arrepiei.